domingo, 13 de março de 2011

Ilusões da noite.

A manhã começa a se distanciar de seu começo e logo chegará ao seu fim, é quase covardia ainda ter gente dormindo nessa hora, enquanto a maiorias das pessoas já estão acordadas e trabalhando duro. Mas ele não, não trabalhou duro e tão cedo irá trabalhar, é um cara mimado, como muitos outros que vivem nessa vida terrena, dorme sem preocupações, não precisa lutar para conseguir o essencial para viver, seu sono não é pesado ele consegue durmir até tão tarde só por que prefere a ilusão da noite do que a dura realidade do dia. Quando ele, no sonho mais profundo, sente-se estranho, uma sensação de que está sendo observado, ele acorda, mas não abre os olhos, medita sobre o seu sonho e relaxa novamente (pessoas como ele não são tão atentas as coisas), quando abre os olhos tem uma mulher, ali, parada e de olhos bem abertos e próximos aos olhos dele. Só observando, disse ela. Ele em seu susto fica agitado, a mulher pede para ele ficar calmo e logo depois se retira.


Ele esquece o ocorrido, mas fica com um pé atrás com aquilo que havia acontecido, os dias passam e ele observa a mulher que o assustou naquele fim de manha, a mulher era mais velha que ele, empregada da casa e sabia muito pouco da vida daquela moça, os dias se passam, o rapaz só a observa, havia horas que ela simplesmente parava e ficava olhando para ele, e o rapaz fingia que nada havia acontecido, a imaginação dele não era muito fertil e muito menos era um rapaz esperto, é até vergonhoso, sabia ou fingia não saber quando a mulher dava-lhe comentarios sobre seu corpo. Em outro dia ,mais tarde, ela aparece em sua casa, pedindo para que podesse dormir em sua casa só por aquela noite, disse que tinha tido uma discusão com o homem que morava com ela, o rapaz não pensou duas vezes (por mais mimado e bobo que era ainda havia um pouco de cavalheirismo), ele a hospedou, não falou a ela muita coisa, afinal ela passava o dia a cuidar de sua casa enquanto ele estava fora, ela era capaz de saber mais sobre a casa do que ele. No começo da noite logo depois da janta, ela havia jantado na casa mas o rapaz havia saido para jantar com uma de suas namoradas, o rapaz volta e fica na sala, só olhando as coisas do seu trabalho e olhando algumas indecências no computador. A mulher chega em passos miúdos, quieta como naquela manha, agora ele estava acordado e certamente um pouco mais atento, ela sentou do lado do rapaz, bem educado ele pergunta se há algum problema, pergunta burra pensou ele, pois ela começa a falar dos seus problemas e ele fingindo atenção, já que ele pensava que já tinha problema demais para se preocupar com uma pessoa que ele considerava passageira em sua vida, logo depois de horas falando em seus problemas a mulher que até parecia tonta, começa a puxar o assunto para algo mais carnal, o rapaz para atender a suas não necessidades, começa a escutar o que ela fala com mais atenção, ela começa a falar do tipo de rapaz que o atraia, ela detalha como se ele estivesse na frente dela, e talvez estivesse, mas ele muito tonto -ou não- fingia novamente não ser com ele, até que em um momento da conversa ela fala a ele que gostava de garotos mais novos,confidenciou que uma vez que já tinha ficado com uma garoto de 13 anos e também que ficava observando alguns desses rapazes com quem sentia atração e até traiu o homem dela com um desses rapazes, nesse momento ela mostra os seios, dizendo que ficou excitada só de pensar, pediu para que os toque, o rapaz já entendendo de tudo, os tocou, com vergonha e não sabendo qual seria a reação dela... No momento do toque ela o atacou, o beijou com uma força visceral e passou sua mãos no corpo dele como se já soubesse o que tinha de fazer, ele não estava acostumado com a abordagem daquela mulher, mas mesmo assim continuaram e a noite aconteceu...

Na manha seguinte o rapaz acorda cedo, ele sai da cama, e escreve um bilhete e sai da casa, nele dizia que a mulher estava demitida, já tinha feito o que era necessario na casa, dizia o bilhete, o rapaz era novo, não queria nada que fosse pessoal, estava só vivendo as ilusões que a noite proporcionava, a noite passada, foi mais uma dessas ilusões para ele, então a demitiu, o fato é esse, o ser humano é triste na sua essência por que procura o que é bom só para ele, tanto ele quanto ela procuraram o que era bom para os dois naquele momento, para ele era atender um desejo que nem era tão forte (o fez por que teve a chance e só) e para ela atender o seu instinto e nada mais.


ESBOÇO (Contos de pevertidos)

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